Seja Bem Vinhovinhos – Seja Bem Vinho http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br por Cristiana Couto Mon, 18 Nov 2013 13:33:24 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Os frescos vinhos do Etna - parte I http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/13/os-frescos-vinhos-do-etna-parte-i/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/13/os-frescos-vinhos-do-etna-parte-i/#respond Wed, 13 Jun 2012 03:11:56 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=623 Continue lendo →]]>

Colheita na vinícola Tola Sicilia

Para iniciantes e especialistas, uma simples menção aos vinhos da região do Etna, na Sicília, soa excitante. Para os primeiros, por imaginar que aromas escondem os vinhos produzidos numa área ainda desconhecida mas tão particular, em torno de um famoso vulcão ativo, na maior ilha do Mediterrâneo. Para os conhecedores, por saber que, há pouco mais de uma década, a área aos pés do monte Etna, tradicional na produção de vinhos, entrou em plena revolução: deixou para trás vinhos secos medíocres — produzidos em quantidade e misturados a outros do país — e passou a elaborar exemplares de alto nível, numa verdadeira redescoberta de terroir. Pois até o século 18, a Sicília, que produz vinhos há mais de 2.500 anos, era famosa pelos vinhos doces e fortificados, como o Marsala.

Localizado no nordeste da ilha, entre as cidades de Catânia e Messina, o monte Etna é o mais alto vulcão (cerca de 3.300 metros) em atividade da Europa. A altitude elevada, aliada ao solo vulcânico — que confere apreciado caráter mineral aos vinhos — origina uma variedade de microclimas e faz das encostas do Etna um “terraço” ideal para tintos e brancos de qualidade e de caráter. “O Etna tem um potencial enorme para produzir vinhos realmente distintivos”, comentou a crítica inglesa Jancis Robinson em seu site, após uma visita ao local em 2008.

Pois se a tinta mais famosa da ilha é a potente Nero D’Avola, responsável por tintos sicilianos modernos e potentes, a Nerello Mascalese é a rainha rubra da porção oriental da Sicília. Combinada à Nerello Cappuccio (esta, em proporção de até 20%), molda tintos frescos, elegantes e aromáticos, sob a denominação de origem Etna Rosso. Há, também, experimentações com uvas francesas e outras castas italianas, sob o selo IGT. Usar esta “classificação” mais genérica para estes vinhos, geralmente tão bem cuidados, é um recurso comum em países vitiivnícolas tradicionais, pois confere liberdade de criação ao produtor frente as normas rígidas dessas denominações.

Há variedades de uvas que não se encontram em nenhum outro lugar do planeta, como a branca Carricante, plantada há mais de mil metros de altitude, que origina vinhos com boa acidez e, portanto, potencialmente longevos. Misturada à Catarrato, outra casta nativa e a mais plantada na ilha, é responsável por brancos finos e vivazes — os DOC  Etna Bianco. Grillo e Inzolia (esta, conhecida com Ansonica na Toscana) são duas castas sicilianas que se esparramam pela Itália. Elas são responsáveis, também, por brancos bastante atraentes.

continua…

A jornalista viajou a convite do Istituto Regionale della Vite e del Vino

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Sicília apresenta seus vinhos em São Paulo http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/11/sicilia-apresenta-seus-vinhos-em-sao-paulo/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/11/sicilia-apresenta-seus-vinhos-em-sao-paulo/#comments Mon, 11 Jun 2012 22:24:41 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=614 Continue lendo →]]>

Vale dos Templos, na cidade de Agrigento, Sicília

Quando o assunto é vinho italiano, as regiões que primeiro vêm à cabeça de qualquer um que se interesse por vinhos são a Toscana e o Piemonte. A Sicília, ao sul do país, dificilmente é lembrada – a não ser pelo tradicional Marsala, vinho fortificado que hoje está longe do prestígio de que gozou no passado. Ou pelo popular Corvo Duca di Salaparuta, cuja qualidade mediana em nada ajuda a alavancar a região.

Mas esta ilha é, sim, terra de ótimos e delicados vinhos. Na contramão da produção em escala que há década vigora na região, pequenos produtores locais e grandes grupos vinícolas de outras paragens têm se empenhado, nos últimos anos, em mostrar todo o seu potencial.

São esses vinhos de qualidade que vão ser mostrados, pela primeira vez em conjunto, em São Paulo, no dia 21 de junho. O Sicilia Wine Odissey, que acontece no hotel Unique, traz à capital paulista 17 produtores da ilha. Durante o evento, haverá uma aula-degustação com os vinhos representativos da Sicília.

Visitei a ilha no ano passado, quando era editora da extinta revista de vinhos Wine Style. Aproveitando o evento, vou postar informações sobre a ilha e apresentar alguns dos vinhos que provei por lá – muitos deles, ainda não disponíveis no Brasil.

Como o Sicilia Wine Odissey é um evento restrito a profissionais (jornalistas, donos de restaurantes, lojas e sommeliers), indicarei alguns (poucos) produtores que já tem seus rótulos vendidos aqui no Brasil: dos 17 produtores, onze têm representantes por aqui, o que indica o crescente interesse das importadoras pelos vinhos sicilianos. É uma boa oportunidade para conhecer essa interessante região – uma das minhas preferidas.

O quê: Sicilia Wine Odissey
Onde:
hotel Unique (av. Brigadeiro Luiz Antônio, 4.700, Jardim Paulista, São Paulo, 11/3055.4700)
Quando: 21/6, das 15h às 20h

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Verdicchio, a estrela branca do Marche http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/05/vinho-da-semana-anfora-verdicchio-dei-castelli-di-jesi/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/06/05/vinho-da-semana-anfora-verdicchio-dei-castelli-di-jesi/#comments Tue, 05 Jun 2012 03:40:27 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=573 Continue lendo →]]> Há algum tempo que ando de olho nas promoções de vinhos feitas por importadoras. Foi assim que conheci este branco italiano, bastante agradável e, na ocasião, de preço bem acessível. Recentemente, ele mudou de importadora e de preço – e ficou mais barato.

A Grand Cru representa agora os vinhos da Garofoli, produzidos na região de Marche, centro-leste do país, desde 1871. A opção da vinícola é fazer vinhos (varietais) apenas com as uvas locais – como a branca Verdicchio, que é responsável por mais da metade da produção desta tradicional região vinícola. “Verdicchio é uma das poucas variedades brancas do centro da Itália com caráter e personalidade”, diz Jancis Robinson em seu The Oxford Companion to Wine.

Assim, mesmo na versão mais simples da Garofoli, o Anfora Verdicchio dei Castelli di Jesi chama atenção. Em sua edição 2011, é um branco leve e fresco, com toque floral sutil e muita acidez – ideal para acompanhar pescados, ou mesmo para ser bebido como aperitivo. “No Japão, este vinho é muito consumido com sushi”, explica Gian Luca Garofoli, em visita recente ao Brasil. A bela garrafa, em formato de ânfora, é típica de vinhos feitos com esta casta no Marche. O preço? R$ 38. Para todos os bolsos.

Outra característica desta uva é seu caráter mineral, fruto do solo da região, que já foi coberta pelo mar. Este traço é mais visível no segundo branco da casa, o excelente Podium dei Castelli di Jesi DOCG 2009, repleto também de frutas brancas e com um leve toque de anis. Untuoso e elegante, acompanha bem um bacalhau, indica Gianluca. Segundo ele, o Podium foi escolhido como o vinho para presentear embaixadas na comemoração dos 150 anos de unificação da Itália. Dez vezes agraciado com tre bicchieri, a cotação máxima do guia de vinhos Gambero Rosso, custa R$ 95.

 

Além destes belos brancos, a Garofoli investe em um tinto com a variedade Montepulciano, plantada em todo o centro da Itália. Embora seja muito conhecida em Abruzzo –  esta casta tem bom desempenho também no Marche. Um dos terroirs famosos para a sua produção é o Monte Conero, de solo muito pobre – o que é ideal para o plantio de vinhas -, composto de rochas brancas. O Grosso Agontano Conero DOCG Riserva 2008 é um belo tinto, de aroma complexo, macio na boca e longo final. (Embora não seja este o caso, esta denominação aceita a mistura da Montepulciano com outra casta italiana famosa, a Sangiovese, em até, no máximo, 15%). Pela sua qualidade, tem um preço ainda atraente (R$ 140), já que a região do Marche, diferentemente da vizinha Toscana, não goza de tanta fama.

Grand Cru (rua Bela Cintra, 1.799, São Paulo, 11/3062.5170)

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Feira da Decanter reunirá 70 produtores http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/31/feira-da-decanter-reunira-70-produtores/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/31/feira-da-decanter-reunira-70-produtores/#respond Thu, 31 May 2012 20:10:17 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=553 Continue lendo →]]>
A edição 2012 da Decanter Wine Show está maior. A feira, que acontece de 25 a 29 de junho, vai percorrer quatro capitais do país com cerca de 70 produtores: começa no Rio de Janeiro, passando depois por São Paulo (26 e 27), Porto Alegre (28) e Belo Horizonte (29).

Este ano, a feira reúne apenas produtores do Velho Mundo. Ao todo, serão apresentados cerca de 400 rótulos, de onze países. A outra novidade é que a feira, que acontecia a cada dois anos desde 2006, passará a ocorrer anualmente, intercalando produtores europeus e do Novo Mundo.

Entre os produtores franceses que vêm pela primeira vez ao país estão Antonin Guyon (da Borgonha), De Sousa et Fils (Champagne) e Domaine Paul Planck (Alsácia). Entre os italianos, destaque para o produtor orgânico Gulfi, da Sicília, e Franz Haas, de Trentino. O espanhol  José Pariente (região de Rueda) também irá apresentar seus vinhos pela primeira vez, ao lado o pequeno produtor do Priorato Celler de L’Encastel. Não faltarão, ainda, o famoso produtor de vinhos verdes Anselmo Mendes, e Alves de Souza, do Douro.

Vale conhecer também exemplares de países cuja oferta ainda é pequena no Brasil. Bons exemplos são os vinhos de Attila Gere, produtor húngaro famoso por seus tintos, da Eslovênia (produtor Simcic de Brda) e da Croácia (Korta Katarina). Da Grécia, estar;a presente a vinícola Domaine Sigalas.

O quê: Decanter Wine Show 2012
Quando: 25 a 29 de junho, das 16h às 22h
Onde: dia 25, no Rio Othon Palace (RJ); dias 26 e 27, no hotel Tivoli,  (SP): dia 28, no Sheraton Hotel (PA); dia 29, Em BH (av. do Contorno, 8.657)
Quanto:  R$ 250 (adquiridos antecipadamente nas lojas Decanter). O valor do ingresso poderá ser revertido em compras acima de R$ 1.000 feitas no dia do evento. Informações pelo tel. (11) 3073-0500.

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Uma punhalada na salvaguarda http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/20/uma-punhalada-na-salvaguarda/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/20/uma-punhalada-na-salvaguarda/#comments Mon, 21 May 2012 02:01:47 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=463

notícia publicada na revista Veja, 23 de maio de 2012

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Livro sobre fraude de vinhos bilionários vai virar filme http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/09/livro-sobre-fraude-de-vinhos-bilionarios-vai-virar-filme/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/05/09/livro-sobre-fraude-de-vinhos-bilionarios-vai-virar-filme/#respond Wed, 09 May 2012 18:13:17 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=433 Continue lendo →]]> O livro The Billionaire’s Vinegar vai virar filme estrelado por Brad Pitt e produzido pelo ator Will Smith, anuncia a revista de vinhos Decanter. Previsto para ser lançado no final deste ano, o filme baseia-se no livro de Benjamin Wallace, publicado em 2008, que conta a história por trás da controversa coleção de vinhos de Bordeaux, que se dizia pertencer a Thomas Jefferson, encontrada num porão em Paris pelo colecionador alemão Hardy Rodenstock em 1985.

As garrafas, vendidas a preços recordes num leilão da Christie’s no mesmo ano, incluíam preciosidades como um Château d’Yquem de 1784 e um Château Lafite de 1787. Segundo Rodenstock, os vinhos foram trazidos à França pelo ex-presidente americano quando ele foi embaixador no país, de 1784 a 1789. Algumas contêm a inscrição “Th:J”. No leilão, a garrafa de Lafite alcançou o valor de US$ 156,450, o maior preço pago até hoje por um rótulo de vinho. A controvérsia sobre a autenticidade da coleção foi parar na justiça, numa trama cheia de intrigas e fraudes, digna de um filme. Há suspeitas, por exemplo, de que as inscrições no rótulo são falsas. O empresário William Koch, que adquiriu algumas garrafas, processou as principais casas de leilão sob a alegação de que o precioso líquido é falso.

Também o colunista da Decanter e ex-diretor de vinhos da Christie’s Michael Broadbent, que leiloou algumas das garrafas, ganhou um processo em 2009 em cima da Random House, editora inglesa que publicou o livro, por ter sido acusado na obra de postura inadequada no episódio.

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Os Top Ten da Expovinis http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/04/26/os-top-ten-da-expovinis/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/04/26/os-top-ten-da-expovinis/#comments Thu, 26 Apr 2012 22:12:01 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=321 Continue lendo →]]> Todos os anos, a Expovinis, maior feira de vinhos da América Latina, brinda os participantes com uma lista dos dez melhores vinhos, escolhidos por um time de especialistas.

Este ano, ela foi divulgada na segunda-feira à noite, véspera da feira, durante o evento Prêmio Melhores do Vinho, realizado com a revista Prazeres da Mesa.

O Top Ten da Expovinis contempla dez categorias. Os vencedores de 2012 foram selecionados dentre mais de 180 amostras, provadas às cegas. Cada uma das duas mesas, com 6 degustadores e um presidente internacional, elegia os 3 melhores em cada categoria.  As seis amostras selecionadas eram, então, provadas por todos eles. Depois de discutidos os resultados, chegava-se a uma lista-consenso. “foi um resultado muito usto e próximo do que os vinhos demonstram em qualidade”, disse o coordenador dos trabalhos, Jorge Lucki, durante o prêmio.

A lista dos vencendores, que reproduzo abaixo, deve ser, entretanto, avaliada dentro de seu contexto, ou seja, uma seleção de vinhos enviados pelos produtores/importadoras, representando um universo específico, que foi o evento. De qualquer modo, é uma amostra de bons produtos no mercado, que se destacaram entre seus concorrentes.

Espumante nacional: Quinta Don Bonifácio Habitat Brut (Serra Gaúcha, vinícola Don Bonifácio).

Espumante importado: Lanson Brut Rosé (Champagne, França, importadora Barrinhas)

Branco nacional: Sanjo Maestrale Integrus 2010 (São Joaquim, Santa Catarina, importadora Acavitis)

Branco Novo Mundo: Undurraga T.H. Sauvignon Blanc 2010 (San Antonio, Chile, importadora Abflug)

Branco Velho Mundo: Trimbach Riesling Cuvée Frederic Émile 2004 (Alsácia, França, importadora Zahil)

Vinhos rosados: Château de Pourcieux Côtes de Provence 2011 (Provence, França, importadora Cantu)

Tinto nacional: Testardi Syrah 2010 (Vale do São Francisco, produzido pela Miolo Wine Group)

Tinto Novo Mundo: Bellingham – The Bernard Series Small Barrel 2009 (Paarl, África do Sul, sem importador no Brasil)

Tinto Velho Mundo: Casa de Santa Vitória Touriga Nacional 2008 (Alentejo, Portugal, importadora Vila de Arouca)

Doces e fortificados: Henriques & Henriques Medium Rich Single Harvest 1998 (Ilha da Madeira, importadora Zahil)

 

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Como fazer vinho em 22 lições http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/04/25/como-fazer-vinho-em-22-licoes/ http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/2012/04/25/como-fazer-vinho-em-22-licoes/#comments Thu, 26 Apr 2012 02:29:14 +0000 http://sejabemvinho.blogfolha.uol.com.br/?p=315 Vi esta ilustração divertida no site do colega Daniel Mamoré, do Prazeres do Vinho. Quer tentar?

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