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por Cristiana Couto

Perfil Cristiana Couto, jornalista de comida e vinhos, é PhD em História da Ciência (Alimentação)

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Os frescos vinhos do Etna - parte II

Por criscouto
14/06/12 19:09

Vista de Ragusa, na Sicília

(continuação…)

Em algumas áreas, a terra negra de cinzas do Etna conseguiu barrar a entrada da Phyloxera, a praga que dizimou os vinhedos da Europa no final do século 19. O resultado é que há, ali, exemplares de vinhas muito antigas, particularidade que atraiu a atenção também de produtores e enólogos de outros cantos da ilha e mesmo da Itália, responsáveis pela onda dos novos Etna. A siciliana Tasca d’Almerita e a toscana Tenuta de Trinoro são dois exemplos.

Outra das pioneiras foi a empresa Benanti, instalada ali em 1987. “Eram três vinícolas à época. Hoje, são quase 50”, conta Agatino Maurizio Failla, gerente de exportações, durante uma prova de mais de 60 vinhos do Etna, em outubro passado.

A recente visita à região também permitiu conhecer uma das vinícolas mais interessantes, a Tenuta di Fessina. Dirigida por Federico Curtaz, ex-enólogo do famoso produtor do Piemonte Angelo Gaja, é uma propriedade pequena, de apenas 12 hectares, sem qualquer desvairio arquitetônico e manejada com eficiência, tanto no campo quanto na cantina. Num passeio pelos vinhedos, Curtaz mostra orgulhoso vinhas que têm mais de 90 anos de idade.

O enólogo concentra seus esforços em apenas dois rótulos — como o Mumesci, um dos mais belos vinhos DOC locais, feito pela primeira vez em 2007 e ainda não disponível no Brasil. Apaixonado pelo “lugar especial”, com sua “gente boa e séria”, Curtaz define os tintos do Etna: “Eles têm a acidez próxima à da Nebbiolo e taninos macios como o dos Borgonhas”.

Contea di Sclafani, um dos DOCs da Sicília

Com todas essas qualidades – e preços no país ainda atraentes, entre 5 e 12 euros — é pena que existam poucos exemplares de vinhos do Etna no Brasil. Situação, aliás, que parece estar mudando, como será conferido por este blog na Sicilia Wine Odissey: dos 17 produtores presentes no evento, onze deles têm representantes no Brasil. Boa notícia para quem quer conhecer de perto estes  “borgonhas do Mediterrâneo”, como os definiu o experiente enólogo da Tenuta delle Terre Nere, Marco de Grazia. A comparação é audaciosa. Mas, certamente, o tempo pode torná-los rivais à altura dos vinhos do Piemonte e da Toscana.

A jornalista viajou a convite do Istituto Regionale della Vite e del Vino

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